O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (15) que o Brasil tem tomado medidas consistentes contra a crise financeira mundial e que o impacto da turbulência econômica não significará um período de recessão. como o da década de 80.
“Faremos qualquer coisa para evitar que o país volte à estagnação da década de 1980, da década 1990”, disse Lula durante o Fórum Econômico para América Latina, no Rio de Janeiro.
De acordo com ele, o país adotou medidas para conter a contração, estimulando o crédito, o consumo por meio da redução de impostos e a produção. Para ele, o Brasil “foi o último a entrar na crise” e com essas medidas “será o primeiro a sair”.
As mudanças no Fundo Monetário Internacional (FMI) que permitirão avanços no fluxo comercial, anunciadas há duas semanas em Londres, na reunião do G20 (grupo das maiores economias do mundo), também foram lembradas pelo presidente, que comemorou o fim das intervenções do fundo na economia dos países.
“Foram estabelecidas linhas de crédito sensíveis para uso imediato, sem condicionalidades. Esse é o ponto principal. A partir de agora, o FMI não terá nenhuma delegação entrando no aeroporto de nenhum país para fiscalizar a contabilidade”, afirmou Lula.
Ele manifestou preocupação com os impactos da crise sobre os mais pobres, principalmente sobre o emprego. Para o presidente, a miséria no mundo só terá fim quando a distribuição de renda crescer paralelamente ao desenvolvimento econômico.