O governo Lula deixará para o sucessor a tarefa de estabelecer novas regras para a renovação de concessões do setor elétrico que vencem em 2015. O estudo do Ministério de Minas e Energia que trata do assunto foi concluído há cerca de quatro meses e enviado ao Palácio do Planalto mas, desde então, repousa nas gavetas da Casa Civil. A falta de pressa tem explicação política. Não interessava ao governo facilitar a vida do governador tucano de São Paulo, José Serra, adversário da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, na corrida presidencial.

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Em meio às 55 usinas geradoras ou distribuidoras de energia cujos contratos de concessão terminam em cinco anos e não podem ser renovados pelas normas atuais estão duas hidrelétricas da Companhia Energética de São Paulo, a Cesp. Como as usinas de Ilha Solteira e Jupiá são responsáveis por cerca de 60% da geração da energia da Cesp, a falta de regra para o setor foi determinante no fracasso dos três leilões de privatização da geradora paulista.

Tudo o que os partidários da candidatura Dilma não desejam é dar tempo a Serra para realizar outro leilão sob novas regras e engordar o caixa estadual. Foi essa a razão de o Planalto optar por arrastar o assunto ao máximo, para inviabilizar a venda da companhia em tempo de usar os recursos para financiar obras no Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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