Brasília (AE) – Numa conversa que deverá ter hoje à noite com o presidente do Paraguai, Nicanor Duarte, durante a reunião de cúpula do Mercado Comum do Sul (Mercosul) em Córdoba (Argentina), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentará convencê-lo a não insistir na modificação do tratado firmado entre os dois países na época da construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional e na proposta de oferecer bônus da dívida da estatal para o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Duarte manifesta o interesse de eliminar a indexação da inflação dos Estados Unidos para a correção da dívida da empresa. ?O Brasil considera o tratado equilibrado; ele assegura benefícios para a economia dos dois países?, disse o diretor-geral brasileiro da usina, Jorge Samek.

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Samek desaconselha modificações nas regras do contrato entre Brasil e Paraguai e explicou que a proposta de Duarte de emissão de bônus da dívida não se aplica ao caso. Segundo ele, nenhum dos dois países têm dívidas referentes à usina. Todo o débito, disse, é da própria usina, que, por pertencer aos dois países, não pode emitir títulos ou ações.

O Paraguai pede a retirada de um termo do tratado que, segundo o governo do país vizinho, representaria uma ?dupla indexação? da dívida da usina, que é controlada pelos dois países. 

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