Lula aposta em biocombustíveis para os países da UE

No seu programa semanal de rádio, Café com o Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva mostra sua confiança nos programas do álcool (etanol) e dos biocombustíveis junto a União Européia. Ele explicou: "A União Européia decidiu que até 2020 vai introduzir nos combustíveis fósseis, ou seja, na gasolina ou no óleo diesel, 10% de combustíveis renováveis, ou seja, de biocombustíveis. Ora, isso implica que o Brasil pode ter uma participação extraordinária, porque ninguém tem a tecnologia que o Brasil tem para produzir etanol".

Sobre o biodiesel Lula salientou que "o Brasil saiu na frente na produção de biodiesel e, portanto, estamos plantando agora uma semente que certamente vai dar muito fruto. Porque o mundo desenvolvido vai ter de cumprir o Protocolo de Kyoto, ou seja, eles vão ter de colocar algum combustível menos poluente e é exatamente aí que entra o Brasil, que entra a tecnologia brasileira, que entra o conhecimento brasileiro. É uma discussão que estamos fazendo pelo mundo inteiro e eu faço com muito orgulho porque eu acho que os biocombustíveis são a chance dos países que não tiveram chance no século 20. O século 21 eu acho que tem de ser dos países mais pobres".

Pnad

No seu programa semanal de rádio, gravado de Madri, onde Lula encerra hoje uma viagem de dez dias pelos países nórdicos e Espanha, ele analisou os resultados da Pnad, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE, e disse estar percebendo que as coisas estão melhorando. "São mais crianças na escola, são mais jovens no ensino técnico, são mais jovens na universidade. Aumenta o número de trabalhadores com carteira profissional assinada, aumenta o número de contribuintes da Previdência Social, a renda do trabalhador aumenta, ele passa a ganhar um pouco mais, ou seja, o consumo aumenta. Tudo isso me deixa satisfeito", afirmou o presidente.

Lula disse ainda que "a única coisa que eu posso dizer ao povo brasileiro através de nossos programas é o seguinte: finalmente o Brasil encontrou o seu caminho. Não tem retorno, o Brasil vai crescer, vai se desenvolver, vai gerar emprego, vai melhorar as condições de vida do povo e, quero dizer, essa crise americana não mexerá conosco".

Ele também respondeu uma pergunta do apresentador sobre o resultado do PIB apresentado pelo IBGE na última semana, com crescimento de 5,4% do 2º trimestre deste ano sobre igual período do ano passado, e salientou que é possível dizer que "ainda temos muitas desigualdades sociais, ainda precisamos arrumar a casa, mas já começamos a melhorar muito. É só você perceber o crescimento do consumo no Nordeste brasileiro. É só você perceber o crescimento econômico nos Estados que antigamente não cresciam. E é só você perceber o crescimento da produção industrial combinado com o crescimento da massa salarial. A gente pode começar a dizer que está havendo um processo de distribuição de renda no Brasil e os números do IBGE demonstram isso claramente".

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