O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 6,414 bilhões no terceiro trimestre de 2016, alta de 105,3% ante o terceiro trimestre de 2015, quando foi de R$ 3,124 bilhões. Com isso, a instituição de fomento acumulou lucro de R$ 4,240 bilhões entre janeiro e setembro de 2016, queda de 36,1% ante igual período do ano passado.
Em nota, o banco informou que créditos tributários no montante de R$ 4,514 bilhões sobre o estoque de provisão para risco de crédito, de R$ 11,6 bilhões em setembro de 2016, foram o fator positivo no lucro do terceiro trimestre.
No resultado acumulado em nove meses, o BNDES destacou, como fatores para explicar a queda, as despesas com provisão para risco de crédito e com “impairments”. A despesa com provisão para risco de crédito atingiu R$ 7,008 bilhões, aumento de R$ 6,341 bilhões em relação ao mesmo período de 2015.
Aí está incluída uma provisão complementar de R$ 2,072 bilhões, “constituída no terceiro trimestre do ano, por medida prudencial”. Já os “impairments” somaram R$ 5,270 bilhões – ante R$ 3,310 bilhões nos nove primeiros meses de 2015 -, dos quais R$ 5,151 bilhões reconhecidos no primeiro semestre.
O índice de Basileia atingiu 19,4% no encerramento do terceiro trimestre, ante 16,1% ao final de junho 2016 e de 14,7% em dezembro de 2015. O avanço deveu-se ao crescimento do patrimônio de referência, que passou de R$ 94,997 bilhões, em dezembro de 2015, para os atuais R$ 129,881 bilhões, “influenciado pela recuperação da carteira de participações do BNDES e pelo lucro do trimestre”, segundo a nota do banco de fomento.
As participações societárias alcançaram o valor de R$ 71,349 bilhões em setembro
de 2016, alta de 36,2% em relação a dezembro do ano passado. “O resultado refletiu a valorização, de R$ 20,842 bilhões, da carteira de participações em sociedades não coligadas, sobretudo das ações da Petrobras e da Eletrobras”, informou o BNDES.