A Vale apresentou um lucro líquido de US$ 76 milhões no segundo trimestre deste ano, mais de quatro vezes maior do que aquele reportado no mesmo período do ano passado. O montante, contudo, representa um recuo de 95% ante os três meses imediatamente anteriores. Na primeira metade do ano o lucro da maior fabricante de minério de ferro do mundo alcançou US$ 1,666 bilhão, recuo de 33,5%.

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“Estou satisfeito porque vários dos principais aspectos de nossa estratégia foram destacados no último trimestre. Mostramos um progresso significativo em previsibilidade, flexibilidade, gerenciamento de custos, disciplina na alocação de capital e diversificação por meio de nossos próprios ativos”, destacou o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, em relatório que acompanha o demonstrativo financeiro da companhia.

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O lucro da companhia, além do efeito de US$ 391 milhões referentes aos programas de reparação e compensação relacionados ao rompimento da barragem em Mariana (MG) e do fornecimento de US$ 20 milhões de capital de giro para a Samarco, também foi afetado com a depreciação do real ante o dólar, que aumentou a dívida denominada em dólar da companhia. A marcação a mercado de debêntures participativas trouxe um impacto de US$ 304 milhões ao lucro. “Todos os ajustes resultaram em um impacto de US$ 1,035 bilhão do imposto de renda sobre o lucro líquido recorrente”, frisa a companhia, no documento desta quarta-feira, 25.

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A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou US$ 3,902 bilhões, aumento de 43% ante o visto no segundo trimestre de 2017. Em comparação com o primeiro trimestre houve queda de quase 2%.

A receita líquida, por sua vez, chegou em US$ 8,616 bilhões no período analisado, aumento de 19% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. No comparativo trimestral a receita ficou praticamente estável.

No segundo trimestre deste ano, a Vale bateu novo recorde para um segundo trimestre na produção de minério de ferro, que alcançou no período 96,8 milhões de toneladas, 5,3% maior do que no segundo trimestre do ano anterior. O mesmo foi observado nas vendas. O volume recorde para o período foi de 86,5 milhões de toneladas minério e pelotas.

Ebitda

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado referente ao segundo trimestre do ano, reportado pela Vale, de

US$ US$ 3,902 bilhões, veio em linha com a média das estimativas de cinco instituições financeiras consultadas pelo Prévias Broadcast (BB-BI, BTG Pactual, Itaú BBA, Morgan Stanley e Safra), que estimavam uma geração de caixa de US$ 3,9 bilhões.

A receita líquida de US$ 8,616 bilhões também está de acordo com a média das projeções.

A Vale apresentou um lucro de US$ 76 milhões no intervalo de abril a junho deste ano. Para a última linha, contudo, não houve consenso entre as projeções coletadas, variando de um prejuízo de US$ 2 bilhões para um lucro de cerca de US$ 1 bilhão.

O Prévias Broadcast considera em linha quando o resultado apresentado difere em até 5% da projeção.

A Vale realiza na quinta-feira, 26, teleconferências para discutir os resultados com analistas de mercado às 10 horas e às 12 horas.