O Bradesco teve um lucro líquido de 1,027 bilhão de reais no primeiro semestre, 13,6% a mais que no mesmo período de 2002, apesar do fraco desempenho dos empréstimos por causa da desaceleração da atividade econômica. No segundo trimestre, o lucro do maior banco privado do país foi de 519 milhões de reais, um resultado 8,35% maior que no mesmo período do ano passado, informou o Bradesco em seu balanço divulgado nesta segunda-feira.
O resultado operacional do Bradesco aumentou 72,9% no primeiro semestre para R$ 1,999 bilhão, ajudado por um aumento nas receitas com a prestação de serviços e reversão de provisões feitas para proteger a instituição das flutuações do câmbio. As receitas com serviços cresceram 17,2% para 2,093 bilhões de reais.
O banco teve um resultado de operações com títulos, valores mobiliários e derivativos 10,5% menor que em igual período do ano passado, somando 2,799 bilhões de reais. O Bradesco atribuiu a queda à apreciação do real no período e ao aumento da alíquota do compulsório sobre os depósitos. O resultado foi em parte contrabalançado por um aumento no volume de negócios.
Já as receitas com operações com crédito e arrendamento mercantil caíram 18,4% para R$ 5,765 bilhões, que também foram afetadas pela variação cambial.
O balanço mostrou que a carteira de crédito do banco totalizou 53,048 bilhões de reais, um aumento de apenas 0,9% em relação ao primeiro semestre de 2002.
Os ativos consolidados atingiram 154,489 bilhões de reais, um crescimento de 23,9% na comparação com o mesmo período de 2002, refletindo as recentes aquisições como a compra da unidade brasileira do grupo espanhol Banco Bilbao Vizcaya Argentaria.
O lucro do Bradesco garantiu um retorno anualizado sobre o patrimônio líquido final de 17,8%, abaixo do observado no primeiro semestre de 2002, quando a rentabilidade foi de 18,67%.