O Banco do Brasil registrou em 2004 um lucro líquido de R$ 3 bilhões, valor 27% maior que em 2003. O balanço com os números consolidados sobre o exercício passado foi apresentado nesta segunda-feira, na sede da instituição, em Brasília, pela diretoria do BB, tendo à frente o presidente interino Rossano Maranhão Pinto. A principal contribuição para o resultado veio do crescimento de 14,1% da carteira de crédito, que consolidou a liderança do banco na operação em todo o País, com uma participação de 18,3% no mercado.
No total, o Banco do Brasil concedeu R$ 88,6 bilhões de créditos em todo o País, tendo também como fortalecimento nessas operações uma sensível melhoria no gerenciamento de risco. Enquanto a média do Sistema Financeiro Nacional para o retorno dessas operações foi de 89,6%, no BB o índice chegou à casa dos 92,1%. Os créditos para Pessoa Física aumentaram em 21,7% (total de R$ 16 bilhões) e, para Pessoa Jurídica, 18,9% (R$ 33,4 bilhões).
Para o presidente Rossano Maranhão, os resultados colocam o Banco do Brasil em posição de destaque na retomada do crescimento econômico brasileiro. ?Não só do ponto de vista de capital de giro, mas como também pelas operações de investimento, ele foi, é e continuará sendo fundamental para o processo de crescimento do País. Tanto o desenvolvimento econômico, quanto o social?, avaliou.
De acordo com o balanço, também cresceram os créditos para as micro e pequenas empresas, que fizeram contratos em 2004 na ordem de R$ 17,2 bilhões, 30,3% a mais que no ano passado. Já os financiamentos para o agronegócio brasileiro foram de R$ 30 bilhões, volume 12,2% maior, tendo as operações com Cédulas de Produto Rural (CPR) registrado crescimento de 268%, com um número total de 62,4 mil contratos em 2004. Em relação às captações, ao todo as operações de depósitos à vista, a prazo, de poupança, interfinanceiros e no mercado aberto, as movimentações chegaram aos R$ 160,1 bilhões, volume 6,7% maior do que em 2003.
Somando-se os correntistas, poupadores e beneficiários do INSS, houve crescimento de 18,1% do volume de clientes do Banco do Brasil, um total de 29,9 milhões de brasileiros, o maior entre todas as instituições financeiras no Brasil. Para Rossano Maranhão, esses números reforçam a estratégia e o foco do BB, voltada para os mercados varejo, atacado e governo. ?A nossa visão é de longo prazo e muito mais focada no relacionamento com a base de clientes?, conclui o presidente interino.