Lucro da Mosaic cai 39% no 2.o trimestre fiscal

Apesar de um aumento nas vendas de fosfato e potássio, a Mosaic registrou uma queda de 39% no lucro do segundo trimestre fiscal, para US$ 623,6 milhões, ou US$ 1,40 por ação, segundo informe de resultados divulgado ontem pelo grupo.

No mesmo período do ano anterior, a empresa norte-americana lucrou US$ 1,03 bilhão, ou US$ 2,29 por ação, graças a um ganho de US$ 1,27 por ação obtido com a venda das operações da Fosfertil.

No trimestre encerrado em 30 de novembro de 2011, a receita da companhia cresceu 13%, para US$ 3,01 bilhões. Analistas consultados pela Thompson Reuters previam lucro de US$ 1,28 por ação sobre faturamento de US$ 3,2 bilhões.

Ontem, executivos da Mosaic afirmaram que a recente queda da demanda e dos preços dos fertilizantes é temporária, salientando que as condições do mercado já estão melhorando. Após vários trimestres de fortes resultados para a indústria durante o boom das commodities agrícolas, as fabricantes de fertilizantes enfrentaram tempos difíceis recentemente, conforme os temores sobre a crise da Europa pressionaram os preços dos grãos e encorajaram os compradores a adotar cautela.

O clima de incertezas no mercado mundial levou ao que o executivo-chefe da Mosaic, Jim Prokopanko, chamou de “um dezembro muito sombrio”. O grupo reconheceu a pressão na semana passada, ao anunciar um corte de 250 mil toneladas na produção de fosfato até março. Mas Prokopanko disse na quarta-feira que as condições para o segmento de fertilizantes estão começando a melhorar e continuarão assim, tendo em vista que os produtores norte-americanos se preparam para plantar uma grande safra na primavera.

“Estamos em um declínio, mas eu acho que essas condições já estão começando a se dissipar”, afirmou o executivo-chefe em uma entrevista, depois de anunciar a queda de 39% no lucro do segundo trimestre fiscal.

A Mosaic, maior produtora de fosfato do mundo, não espera novos cortes, bem como não planeja se juntar aos concorrentes que reduziram a produção de potássio. Os dois nutrientes, junto com o nitrogênio, são importantes insumos que desfrutaram de uma crescente demanda nos últimos anos, à medida que a demanda por alimentos dos mercados emergentes cresceu e os preços das safras subiram.

A companhia prevê que os agricultores norte-americanos plantarão quase 94 milhões de acres com milho em 2012, ante cerca de 91,9 milhões de acres no ano passado, o que sugere uma demanda maior por fertilizantes. Nos Estados Unidos, os preços do fosfato aumentaram 10% na última semana, para US$ 475 por tonelada, de acordo com o economista-chefe da Mosaic, Mike Rahm.

As exportações do nutriente em 2012 devem atingir um recorde de 62 milhões a 64 milhões de toneladas, disse Rahm, acima das 60 milhões de toneladas observadas em 2011 e das 51 milhões de toneladas em 2007. Com tamanha demanda, os embarques da China devem cair neste ano, e a revolta nos países árabes também pode limitar as ofertas, acrescentou ele. As informações são da Dow Jones.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna