A Companhia Paranaense de Energia (Copel) divulgou ontem um lucro líquido de mais de R$ 1,2 bilhão no ano passado, contra um total de R$ 502 milhões em 2005. Essa cifra é o maior lucro que a empresa já registrou na sua história.
O resultado teve influência de R$ 416 milhões referente às faturas do gás natural destinado à Usina Termelétrica de Araucária; e outros R$ 196 milhões de provisões do Cofins que a empresa conseguiu reverter com ações na justiça sobre operações relativas a energia elétrica, referentes ao período de 1998 a junho de 2001. Mesmo com a retirada desses proventos, a Copel ainda conseguiu atingir um crescimento de 38,5% ao apresentado no ano anterior.
?A Copel foi a única empresa do setor elétrico do seu porte que conseguiu ter maior crescimento com a menor tarifa?, afirmou o presidente da Copel, Rubens Ghilardi. A receita operacional líquida da empresa fechou em R$ 5, 3 bilhões, o que representa um aumento de 11% em relação a 2005. O consumo de energia elétrica faturada pela Copel em 2006 totalizou 18.691 GWh, mantendo-se nos mesmos patamares do ano anterior.
A classe comercial foi a que apresentou melhor desempenho entre as classes de consumo, com 18,2% do mercado, e crescimento de 5,4%. A classe residencial representou 25,8% desse mercado, com crescimento de 3,7%. Já a classe industrial, incluindo os consumidores livres atendidos pela Copel Geração, representou 38,5% do mercado da Copel em 2006 – com queda de 5,7% em relação a 2005. Isso teria ocorrido pela queda da produção industrial em razão da retração do mercado internacional. A classe rural ficou com 3% do crescimento, e responsável por 7,7% do mercado de energia.
Para 2007, Ghilardi adiantou que a empresa irá investir mais de R$ 600 milhões, cuja maior fatia desse bolo irá para a distribuição – cerca de R$ 400 milhões. Os setores de transmissão e geração receberão mais de R$ 150 milhões cada e as telecomunicações R$ 34 milhões. A Usina Hidrelétrica de Mauá, na região dos Campos Gerais, está incluída no cronograma de investimentos da empresa, que já está negociando com o BNDES cerca de 70% dos cerca de R$ 950 milhões previstos para o investimento na usina. Esses recursos deverão vir através de debêntures conversíveis.
