Inflação em alta, menor crescimento da economai doméstica e endividamento da população, além do impacto da crise global, deixam os lojistas curitibanos cautelosos em relação às expectativas para o Natal. Sondagem encomendada pela Associação Comercial do Paraná (ACP) ao Instituto Datacenso, divulgada nesta segunda-feira (7), mostra que o otimismo do comércio caiu bastante nos últimos meses. A expectativa de crescimento nas vendas recuou de 14%, em setembro, para 8%.
Apesar de a maioria dos comerciantes ouvidos pelo levantamento (57%) responder que vai aumentar seus estoques para o final de ano, houve uma queda significativa desse percentual, que já foi de 80% em setembro, revelando maior prudência.
Porém quase metade dos lojistas entrevistados (47%) já está preparando alguma estratégia para promover as vendas de Natal e tentar reverter essa situação. Em setembro, apenas 30% deles tinham alguma ação programada para aquecer as vendas. As principais ações serão: realização de promoções; sorteios; brindes; campanhas e investimentos em publicidade. Houve aumento, também, daqueles que consideram que o volume de vendas será igual ao de 2010. O índice passou de 20% para 36%.
Quanto à contratação de mão de obra, 66% dos entrevistados afirmaram que não contratarão temporários para dezembro, diferente da realidade de setembro, quando 32% tinham revelado a intenção de não contratar. Entre outros fatores que explicariam essa maior prudência por parte dos lojistas, a diminuição do poder aquisitivo, a queda de expectativa futura do consumidor e a desaceleração das vendas depois do Dia das Crianças.
A sondagem ouviu 200 comerciantes, entre os dias 25 e 28 de outubro, com margem de erro de 7%.