O setor de base florestal, que envolve madeira, móveis, papel e celulose, representam 7,8% das exportações brasileiras, o que alcançou no ano passado R$ 4,2 bilhões. A previsão é que em oito anos o setor atinja R$ 11 bilhões em exportações. Mas a madeira é apenas um dos segmentos que tem potencial de crescimento para atingir o mercado externo. Como isso deve acontecer, quais os mercados e como eles estão abertos para o País são temas em discussão durante o Seminário de Transporte Logístico e Exportações, que começou ontem, e segue até hoje, no Centro de Convenções de Curitiba.

Para o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil – China, Charles Tang o Brasil precisa saber exportar, apostando que o País tem plenas condições de atingir o mercado mais cobiçado do mundo. Ele citou que a China aumentou em 500% o consumo de suco de laranja holandês, assim como a maioria do café consumido naquele país vem da Suíça, a castanha-do-pará dos Estados Unidos e os móveis finos de madeira e couro da Itália. “Nenhum desses países tem tradição nesses produtos, mas o Brasil permite que eles ganhem um mercado que poderia ser nosso”, disse Tang.

Segundo ele a China ainda é um mercado virgem para o Brasil, com uma população de 1,3 bilhão de pessoas, onde existem muitos incentivos do governo que poderiam ser aproveitados pelos produtores brasileiros. “Hoje o governo chinês incentiva a população a tomar um copo de leite por dia, e eles não têm produção leiteira para abastecer o mercado de 1,3 bilhão de pessoas. Quanto o Brasil não poderia exportar do produto ou de sémem para a China?”, indagou o presidente. Outro exemplo é o combustível, já que o governo quer adicionar 15% de álcool na gasolina. Quanto a soja, a China importou no ano passado 3 milhões e 160 mil toneladas do Brasil, e esses números devem crescer já que o País, entre os produtores, ainda não está investindo em produto transgênico.

Visão

A saída para a crise financeira do País, comenta Charles Tang está na visão política e compreensão econômica já adotada por outros países do mundo de enriqueceram. Ele comenta que a China saiu, em apenas 23 anos, de uma situação miserável para se tornar um dos maiores mercados mundiais. “O Brasil perdeu 25 anos de evolução econômica brincando com o mesmo modelo econômico falido”, disse. Para ele, o País sairia da dependência do Fundo Monetário Internacional através da exportações, e “não passando por esse ciclo vicioso de inflação e recessão”.

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