Dias antes do leilão da usina de Três Irmãos, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ligou para o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Jorge e “fez um apelo” para ele não suspender a disputa, que seria a primeira após a nova lei do setor elétrico. A área técnica do tribunal havia sugerido a ele impedir o leilão, por causa da confusão sobre o que fazer com as eclusas e o canal Pereira Barreto.
“Decidi manter o leilão”, contou Jorge no TCU. Ele achou que tinha encontrado uma solução salomônica: deixaria ocorrer o leilão, sem impor mais um fator de atraso nos investimentos, mas suspenderia a assinatura do contrato até resolver o que fazer com a parte de navegação.
Dias depois da liminar, Jorge foi procurado pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams. “Achei que era para agradecer, mas não.” Advogados do governo estiveram em todos os gabinetes entregando um memorial para derrubar a liminar. Jorge comentou ter lido no jornal que a AGU havia montado uma “força-tarefa” com esse objetivo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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