O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta terça-feira que as conversas entre os governos do Brasil e da Argentina na próxima sexta-feira não devem incluir a possibilidade de nacionalização de ativos da Petrobras. Lobão e o ministro de Energia da Argentina, Julio De Vido, têm reunião marcada em Brasília, da qual participará também a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster.
“Vamos ter uma reunião, inclusive com a presença da presidente da Petrobras, e não está na minha preocupação, e creio que também não esteja na do ministro argentino, qualquer atitude de encampação ou de nacionalização dos interesses da Petrobras na Argentina”, afirmou.
O ministro participou hoje de debate na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado sobre danos ambientais causados pelo vazamento de óleo proveniente do acidente na plataforma da Chevron na Bacia de Campos (RJ).
Lobão afirmou, no evento, que a energia nuclear é “limpa, firme e de muito boa qualidade”. “Não tem havido problemas significativos no mundo. Exceto esse no Japão, que decorreu do tsunami e não da usina. E Chernobyl, que era antiga e não passava por manutenção. São esses dois casos conhecidos e nada mais”, afirmou.
Segundo o ministro, o Brasil precisa investir em energia hidrelétricas, mas uma alternativa seriam as usinas térmicas, incluindo aquelas com combustível nuclear e carvão. A energia eólica, para ele, é uma energia “adicional, complementar, com a qual não podemos contar sempre”. A energia solar também se encontra em processo de desenvolvimento e ainda é muito cara, disse. “Temos de perseverar na energia hídrica, que é o melhor para o País.”
Lobão afirmou também que o governo ainda está concluindo os estudos sobre renovação das concessões de hidrelétricas, empresas de transmissão de distribuidores que vencem nos próximos anos.