O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou hoje que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) precisará de uma capitalização, não somente para financiar a produção do pré-sal, mas também outros investimentos em outras áreas. “A capitalização do BNDES não diz respeito apenas ao pré-sal, mas a todas as atividades econômicas do Brasil. O BNDES tem participação significativa, tem dado excelentes resultados e precisa de recursos cada vez maiores”, disse Lobão.

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A Agência Estado antecipou em reportagem ontem que o governo discute nova injeção de recursos do BNDES para garantir que o banco acompanhe o aumento de capital da Petrobras e, ao mesmo tempo, estimule a exploração do petróleo no pré-sal. O ministro lembrou que o banco de fomento participa do financiamento das duas grandes usinas hidrelétricas do Rio Madeira (a de Santo Antônio e a de Jirau) e deve entrar em novos projetos, como a Usina de Belo Monte, a ser construída no rio Xingu.

Cartilha

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Lobão informou ainda que o governo editará uma cartilha visando a sanar as principais dúvidas que envolvem a descoberta de petróleo na camada do pré-sal e o novo marco regulatório do setor. “Editaremos uma cartilha com perguntas e respostas”, disse, durante apresentação na Câmara dos Deputados, onde se reúne com a bancada do PMDB.

O conteúdo do livreto, segundo o ministro, terá respostas a críticas ao sistema, informações veiculadas pela imprensa e respostas dadas por telefone pelo ministério a pessoas interessadas no assunto, de dentro e de fora do País. “Creio que a cartilha sanará qualquer dúvida que ainda exista sobre o pré-sal”, comentou. “Há curiosidade mundial hoje em relação a tudo isso que está se fazendo aqui”, continuou.

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No início de sua apresentação, Lobão exaltou a competência técnica da Petrobras na descoberta do pré-sal. “A Petrobras, que tanto nos orgulha, fez uma descoberta fantástica”, enalteceu. Em seguida, porém, lembrou que já foram feitos leilões de exploração de petróleo em 42 mil quilômetros quadrados. “De todo o pré-sal, fizemos leilões em 28% do total. Talvez porque ignorássemos a sua importância”, considerou.