As políticas e incentivos fiscais criados pelo governo do Paraná nos últimos três anos induziram, além da série de recordes, o fortalecimento do nível de emprego no interior do Estado, o que freou o inchaço dos grandes centros urbanos e a elevação das demandas sociais criadas em função disso. Do saldo dos 13.468 postos de trabalhos de maio, 67,8% se concentram no interior e no litoral paranaense e 32,2% na Região Metropolitana de Curitiba. Desde 2003, essa média se mantém e proporcionou um saldo de 322.690 novos empregos formais no Estado.
?O que se destaca é a indústria de alimentação, a agropecuária e os serviços que crescem e se fortalecem nos municípios não metropolitanos?, disse o economista Rui Sérgio Costa Silva, da Secretaria do Trabalho. A agropecuária em maio teve um saldo de 2.448 novos trabalhadores e o setor de serviços abriu 3.459 novas vagas. A indústria da transformação gerou 2.638 postos de trabalho e o comércio outros 2.550.
?Temos as safras, como a da cana, que se transforma em açúcar e álcool e as granjas e cooperativas agrícolas que produzem frangos, alimentos e outros derivados. O fortalecimento dessas atividades induz ainda o crescimento do setor dos serviços no interior do Estado?, completa Costa Silva.
Nos últimos cinco meses, indústria, serviços e agropecuária tiveram um saldo positivo de 50.734 empregos, 77,69% do saldo dos empregos criados no Paraná no período. O saldo da indústria ficou em 22.001 vagas, o de serviços em 19.457 e da agropecuária 9.276
Construção civil
Outro destaque, constatado no levantamento do Ministério do Trabalho, está no setor da construção civil. Nos cinco meses de 2006, o setor teve um saldo de 5.397 vagas contra 2.361 no mesmo período anterior, uma expansão de 128,6%. ?É um crescimento fabuloso que reflete a expansão do setor onde o governo do Estado contribui com uma frente de obras sem precedentes?, observa Costa Silva sobre os R$ 4 bilhões investidos pelo governo do Estado em obras nos municípios paranaenses.
O Paraná defende a retomada de investimentos na construção civil como forma de impulsionar o desenvolvimento econômico do País, principalmente na geração de emprego e renda aos brasileiros. ?A construção civil é a indústria que mais emprega mão-de-obra. Numa recuperação econômica do Brasil, ela seria fundamental pela intensidade da mão-de-obra e pela rapidez com que se instala. A construção é fundamental em qualquer projeto de desenvolvimento?, disse o governador Roberto Requião em recente encontro com representantes do setor.
Saldos
Rui Costa aponta, ainda, uma inversão na tendência registrada na década passada, de estagnação econômica, em que nos últimos oito anos anteriores foram criados apenas 37 mil empregos. ?Houve uma inversão completa dessa tendência, um ganho salarial real e, principalmente, a criação de postos de trabalhos.?
Em maio no Paraná foram 83.627 admissões contra 70.159 desligamentos. Na RMC foram 32.014 contratações contra 27.680 demissões. E no interior, 51.613 contra 42.479. O saldo dos cinco meses de 2006 no Paraná ficou em 65.298 empregos, variação positiva de 3,69% – e dos últimos 12 meses em 70.044 variação de 3,97%.
O saldo acumulado na RMC ficou em 20.447 (cinco meses de 2006) e 34.255 (últimos 12 meses) variações positivas entre 2,92% e 4,99%. Já no interior e litoral, o saldo acumulado ficou 44.851 empregos nos cincos meses de 2005 e 35.789 nos últimos 12 meses, crescimento entre 4,19% e 3,32%. (AEN)