A liquidação do Banco Santos e também de sua corretora foram publicadas ontem no ?Diário Oficial? da União. A decisão foi anunciada pelo Banco Central na última quarta-feira, após a autoridade monetária identificar um rombo de R$ 2,236 bilhões na instituição financeira, que estava sob intervenção desde novembro. Por extensão, foi decretada também a liqüidação da Santos Corretora de Câmbio e Valores.
O liquidante da instituição financeira será Vânio Cesar Pickler Aguiar, que já era o interventor. Está previsto também o pedido de falência do Banco Santos e da corretora.
Durante o processo de liqüidação, que não tem prazo determinado, os bens da instituição serão vendidos para o pagamento dos credores. Tem prioridade de recebimento as dívidas trabalhistas e tributárias. No entanto, as dívidas desse tipo devem ser poucas. Os credores são entre 600 e 700, em sua maior parte empresas.
No relatório do interventor, entregue há cerca de dois meses, a estimativa é que eles consigam recuperar 25% do dinheiro. No início do ano foi liberado saque de até R$ 20 mil por cliente. Quem tinha mais do que isso no banco terá que aguardar o processo de liqüidação.
O comitê de auditoria, após concluir o inquérito, irá encaminhar ao Ministério Público quais foram os indícios de crime contra o sistema financeiro verificados. Isso irá ocorrer em julho.
Edemar Cid Ferreira, controlador do banco, já enfrentou outras duas liquidações desde que o BC fez a intervenção no Banco Santos: Bank of Europe (Antígua e Barbuda) e Alsace-Lorraine (Ilhas Virgens Britânicas).