O presidente da Light, Paulo Roberto Ribeiro Pinto, disse nesta segunda-feira, 22, que antes do fim do período úmido (de dezembro a abril) não é possível avaliar se haverá necessidade de adotar medidas de restrição de oferta para ajudar a estancar a crise que afeta o setor elétrico no País. “A única coisa certa hoje é que tem de chover, e tem de chover nos reservatórios”, disse, após participar de evento no Rio.
“Os serviços de meteorologia não dão indicação firme. Pode chover, pode não chover, pode retardar. Tem de esperar passar o período úmido para ter o balanço final do estrago ou da coisa boa que isso pode trazer”, disse Ribeiro Pinto.
Caso não chova, o presidente da Light comentou que o novo governo precisará pensar em medidas para aliviar o estresse no setor elétrico. “Não sei se chega a um racionamento, mas talvez uma política de restrição de oferta, uma campanha muito forte de uso racional”, explicou. “Se realmente houver necessidade, quando terminar o período úmido, o governo terá de se posicionar em relação a isso.”
Apesar da situação delicada, Ribeiro Pinto argumentou que não seria prudente tomar tal decisão antes do fim do período úmido. “Historicamente, o setor elétrico nunca tomou uma decisão desse tipo sem esperar fechar o período úmido. O custo de errar numa decisão dessas é muito alto, porque envolve a economia do País como um todo, as indústrias, o planejamento de produção. Lá em 2001 foi assim”, justificou.
Sobre o reajuste da Light, programado para 7 de novembro, o presidente afirmou que ainda não está fechado quando será o pleito da distribuidora. Mas adiantou que deve ser “algo perto da inflação”.