Em clima de pré-eleições, líderes do agronegócio ressaltaram a necessidade de sucessões e mudanças na política e no setor produtivo na manhã deste sábado, durante o 6º Fórum Nacional de Agronegócios do Lide. “Seja como for, vamos mudar o Brasil no ano que vem, com a sucessão que tivermos”, afirmou o ex-ministro da Agricultura e coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Roberto Rodrigues.
O fórum tem como tema central a sucessão de gerações profissionais no agronegócio e os avanços tecnológicos que deverão ser incorporados pelos novos representantes. Este tema foi o mote para que corrida eleitoral do ano que vem aparecesse nos discursos de abertura do evento.
“O setor agro deverá ser fundamental para o desenvolvimento do País”, afirmou o secretário de Agricultura de São Paulo, Arnaldo Jardim. Ele citou o projeto de Roberto Rodrigues de criação de um o plano de desenvolvimento para o Brasil que tem o agronegócio como base. Para Jardim, é importante que o plano seja apresentado “antes que as candidaturas se constituam” para que o debate fique mais estabelecido.
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), disse que é necessário que o setor produtivo se envolva mais na política. “É necessário que o setor não sinta preconceito e cada vez mais participe”, disse.
Sobre a sucessão no agronegócio, Rodrigues afirmou que as novidades na gestão do agro, como os avanços digitais, exigem um revigoramento nas lideranças privadas. O próximo passo esperado na evolução do setor é a incorporação de recursos digitais e da internet, o que deve acelerar o ritmo da automação de processos produtivos.
Para o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Antônio Lopes, o mais necessário é pensar a sucessão em modo qualitativo, analisando mudanças que estão acontecendo no mundo. “Estou animado porque o Brasil é um País que atrai jovens para o agronegócio”, disse.