Líder no mercado de carne

São Paulo (ABr) – Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil liderou o mercado mundial de carne bovina. Em 2004, o país exportou 1,939 milhão de toneladas, 62,76% a mais do que em 2003, com faturamento de US$ 2,45 bilhões e crescimento de 42,31% na comparação com o período anterior.

"Esse foi um resultado muito bom", na opinião do presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Marcus Vinícius Pratini de Moraes. Ele atribuiu o desempenho à conquista de 40 mercados, que elevaram o total de países compradores para 142. Entre os novos mercados da carne brasileira estão Argélia, Egito, Bulgária, Romênia e Venezuela.

A Rússia continua sendo o maior importador, seguida por Holanda, Chile, Egito, Itália, Inglaterra, Irã, Espanha e Arábia Saudita. O grande desafio para 2005, segundo Pratini de Moraes, será buscar melhores preços, agregando valor ao produto, aumentando o marketing e explorando novos nichos de mercado. De um total de 1,939 milhão de toneladas embarcadas paro o exterior, 579.245 foram de produtos industrializados (em forma de carne cozida) e o restante, in natura.

Segundo a Abef, o Brasil exporta hoje de 22% a 23% de sua produção e pode ampliá-la, sem queda na oferta interna, pois o setor tem grande capacidade produtiva e responde rapidamente à procura. "O produtor brasileiro tem abatido os animais cada vez mais cedo e, em alguns casos, com até 18 meses", informou Pratini de Moraes.

Sobre o embargo russo à carne brasileira, ainda em vigor, Pratini de Moraes disse que não causou impacto no faturamento. Quando a medida foi anunciada, no final do mês de setembro, os lotes de mercadorias a serem enviados já tinham sido contratados. Além disso, à exceção de Cuba, nenhum outro mercado seguiu nesta direção.

Em dezembro, o Chile foi a nação que mais importou carne bovina in natura do Brasil, com 11.937 toneladas. O maior aumento nas encomendas foi do Irã e da República Islâmica, países onde o consumo aumentou 966,62%, somando 10,2 mil toneladas. De acordo com Pratini de Moraes, pelas próprias convicções religiosas desses povos, a preferência recai sobre os cortes mais nobres e, conseqüentemente, com possibilidade de melhor retorno financeiro.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo