Ao ser questionado por jornalistas sobre a possibilidade de o Senado aprovar a proposta de reforma da Previdência sem que o texto sofra muitas alterações, o líder do governo na Casa, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), disse que o presidente Jair Bolsonaro compreende que as propostas que chegam à Casa para serem avaliadas pelos senadores costumam passar por alterações.

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“O presidente Bolsonaro foi muito claro. Ele disse que passou na Câmara dos Deputados mais de 27 anos e ele tem compreensão de que qualquer matéria que chegue para apreciação dos parlamentares será modificada e aprimorada”, disse o senador. “Evidente que, como líder do governo, vamos trabalhar para que o texto seja o mais próximo possível da proposta que foi apresentada por Paulo Guedes”, complementou.

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O líder do governo Bolsonaro no Senado contou que está otimista de que o governo conseguirá construir uma base política forte para que se consiga ultrapassar os 49 votos necessários para aprovar a proposta de reforma da Previdência na Casa.

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“Nós estamos muito otimistas de que aqui no Senado é possível construir base política de sustentação ao governo que possa ultrapassar este número. Mas a base está em construção. Temos de exercitar muito o diálogo, a conversa e a identificação com os senadores”, disse Bezerra Coelho.

Na quarta-feira, em seu primeiro dia como líder do governo no Senado, no entanto, Bezerra Coelho afirmou que ainda não conhece a base do governo na Casa devido à renovação de senadores ocorrida com a última eleição. Nesta quinta, ele voltou a ressaltar a importância do diálogo para se aproximar dos novos parlamentares.

“O Senado está amplamente renovado. São 54 novos senadores. É preciso, portanto, esse diálogo, essa aproximação, essas conversas, para que a gente possa ter confiança mútua e a certeza de que a reforma da Previdência, que é a pauta prioritária, possa ter o quorum qualificado e necessário para que essa matéria seja aprovada até meados de setembro no Senado.”

O líder do governo na Casa também disse que deve se reunir com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, na próxima segunda-feira, 25, para definir os assuntos que são de interesse do governo e que podem ser discutidos mais brevemente no Senado.

“A cessão onerosa é um dos pontos. Existem estudos sendo feitos no âmbito da Casa Civil e do Ministério da Economia para saber qual é o melhor encaminhamento. Se é o entendimento direto entre Petrobras e União ou se vai haver necessidade de a matéria ter deliberação no Senado federal. É um assunto que ainda está sob apreciação da Casa Civil e da Presidência da República”, disse.

Dúvida

A jornalistas, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que irá conversar com os blocos partidários e os líderes das siglas no Senado para definir se será criada uma subcomissão dentro da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ou uma comissão especial na Casa para acompanhar as discussões em torno do texto da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.

“Se nós fizermos uma comissão especial, a gente nomearia um presidente, nomearia um relator que fosse membro titular da CCJ e que já passaria automaticamente a ser o relator no Senado da reforma da Previdência quando ela chegar na Casa. Então acho que é uma condição de dar celeridade, garantindo que esse relator da comissão especial já possa ser efetivado como relator da reforma da Previdência”, disse o presidente do Senado.