O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, estima que ainda este ano poderá ser iniciada a privatização do setor de saneamento, depois do executivo ter sido cobrado na última semana pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para que o “S” de BNDES se transformasse em soluções para o setor menos desenvolvido do País.

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“Trinta a quarenta por cento do País não tem esgoto, queremos que o setor seja aberto para a iniciativa privada, com a entrada de novos agentes, novas tecnologias”, disse Levy em coletiva para comentar o lucro de R$ 11,1 bilhões no primeiro trimestre.

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Levy disse que o setor privado tem demonstrado muito interesse em futuros negócios dessa área e que já vem conversando com governadores e prefeitos para acelerar acordos que viabilizem a privatização das empresas públicas de saneamento.

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“Estive agora no Amapá e, por lá, os municípios já estão conversando para ver como será a entrada do setor privado. Alagoas, Minas Gerais e Rio de Janeiro também”, disse Levy.

Ele informou que o modelo de venda das empresas ainda não está definido, mas que, para ele, deveria ser feito a exemplo do que ocorreu recentemente com as distribuidoras de energia federalizadas, que foram privatizadas condicionadas a metas de investimentos e redução de perdas. “São mais de 500 municípios envolvidos, mas temos que ter segurança jurídica para isso”, alertou.