O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta sexta-feira, 27, que acredita que o governo tem o “suficiente” para conseguir cumprir a meta de superávit primário deste ano. Questionado sobre as dificuldades para conseguir alcançar a meta, o ministro respondeu: “Hoje, acreditamos que temos o suficiente para chegar lá. Ao final de quadrimestre, a lei nos indica a tomar as medidas cabíveis. Não adianta fazer especulação antes da hora”, disse.

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Levy fez questão de ressaltar que, no Brasil, existe um mecanismo de reprogramação quadrimestral, previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal, que exige uma avaliação se o governo está no caminho correto para o cumprimento da meta fiscal.

“Meu entendimento hoje é de que temos todas as condições de alcançar a meta, mas a lei prevê mecanismo de reavaliação periódica e ordena que, se houver desvios, o gestor tem que tomar as providências adequadas para o cumprimento da meta. Nós pretendemos seguir essa orientação”, disse.

Orçamento

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Numa forma completamente diferente da equipe econômica anterior, Levy minimizou o tamanho do corte das despesas do Orçamento deste ano. “Ideia do corte esteve em voga, mas o mais importante não é o que a gente corta e sim o que gasta”,afirmou. Trata-se de nova abordagem, destacou. “O importante é o limite de gasto que estamos fazendo. A nossa abordagem tem sido mais estabelecer com clareza qual será a trajetória do gasto que nos permite chegar lá”, disse.

Ele revelou que a previsão de receita do Orçamento feita pelo Congresso é muito alta, superior em R$ 60 bilhões. Ele indicou que vai cortar essa previsão. “Vamos cortar o que for necessário.

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Medidas

Levy fez defesa das medidas de ajuste tomadas por sua equipe. Durante explicação sobre a medida provisória 669, publicada hoje, disse que boa parte do que está sendo feito é “voltar à normalidade”, ao nível de 2013. “Vamos diminuir as desonerações que foram crescendo para, a partir daí, voltar a ter crescimento em bases sustentáveis”, disse.

Levy afirmou ainda que será possível chegar à meta de superávit primário “da presidente Dilma Rousseff”, uma economia equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). “A Fazenda manteve certa disciplina no gasto”, observou. Ele garantiu ainda que o ajuste será feito com o mínimo desgaste possível.

O ministro afirmou também que os direitos do trabalhador e das famílias “estão mais que preservados”. Disse ainda que os gastos sociais, que são obrigatórios, serão pagos em dia. Sobre o PAC, a avaliação de Levy é de que o programa continuará sendo importante.

“Recentemente houve um decreto para organizar melhor as obras que não começaram e a gente vai botar o programa dentro de uma equação financeira sustentável”, disse. Ele afirmou, no entanto, que é natural que haja priorização dentro das obras do PAC. “Sempre há oportunidade de melhorar processos”, disse.