A safra nacional de grãos de 2005/2006 deve ser de 122,6 milhões de toneladas. É o que mostra o primeiro levantamento extra desta safra, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado ontem pelo presidente da companhia, Jacinto Ferreira.
Comparando-se ao 3.º levantamento anunciado em fevereiro, esse número representa uma redução de 1,8 milhão/t, ou -1,5%. A queda se deve às adversidades climáticas ocorridas nos dois primeiros meses deste ano.
Jacinto Ferreira atribuiu a redução nas projeções para a safra ?às adversidades climáticas? verificadas nos dois primeiros meses do ano, quando a seca prejudicou culturas na Bahia, em Minas Gerais e também na região Centro-Sul do País.
O presidente da Conab afastou, no entanto, qualquer risco de desabastecimento de grãos no País ou de prejuízos às exportações e à balança comercial com a produção menor do que o previsto.
Esta pesquisa – realizada entre os dias 5 e 11 deste mês nos estados do Centro-Sul, na Bahia, Rondônia, Tocantins, Maranhão e Piauí – atualiza os números referentes à produtividade e à produção. A área plantada só será avaliada no próximo levantamento de campo, iniciado hoje, e que levará também em conta a intenção de plantio das culturas de inverno (trigo, aveia, centeio, cevada e tricale) e das lavouras no Nordeste.
Apesar da redução, o resultado atual permanece dentro do intervalo estabelecido pela Conab no primeiro levantamento desta safra, realizado em outubro/05, onde foi prevista uma produção de 121,5 a 124,9 milhões/t.
Milho
Comparado ao 3.º levantamento, a produção desta cultura caiu de 32,9 milhões/t para 31,9 milhões/t, redução de 2,9%.
Feijão
O grão (primeira safra), passou de 1,33 milhão/t. para 1,14 milhão/t, ou uma queda de 13,9%. O motivo foi a estiagem ocorrida na Bahia, Minas Gerais e Paraná, maiores produtores desta cultura.
Soja
A produção, antes calculada em 58,18 milhões/t, está agora estimada em 57,20 milhões/t, ou 1,7% a menos.
Levantamentos
A partir de agora, a Conab passa a fazer 12 levantamentos em cada safra. Além das seis pesquisas de campo, os técnicos vão atualizar os números um mês após cada anúncio. O objetivo é manter os resultados o mais próximo possível da realidade, em períodos mais curtos.