Bolso Inteligente

Leilões rendem economia de até 80% na compra de automóveis

Adquirir bens como veículos e imóveis economizando até 80% do valor praticado pelo mercado. Esse tipo de oportunidade é possível em uma modalidade de negócio que tem apresentado um incremento de novos participantes da ordem 20% ao ano, o mercado de leilões.

O leiloeiro Helcio Kronberg, que atua há 15 anos no setor, explica que a boa experiência dos chamados arrematantes é que vem consolidando esse tipo de opção. “Sem dúvida é o melhor caminho para quem está em busca das melhores oportunidades para adquirir qualquer bem”, atesta.

Ele conta que os leilões judiciais costumam reunir as ofertas mais interessantes e com a garantia da avaliação do juiz que define as regras daquele leilão. “O leiloeiro acaba funcionando como um auxiliar do juiz e o arrematante tem garantido o recebimento do bem adquirido ou a devolução do dinheiro que fica depositado em juízo até a expedição da carta de arrematação”, aponta.

O que contribui para que os valores sejam bem abaixo de mercado é a necessidade de executar dívida do dono do bem no caso de um processo judicial. Só que quem participa desse tipo de negócio tem que estar ciente que levará o bem no estado em que foi leiloado, ou seja, tendo que arcar com o custo de reparos no caso dos veículos ou esperar todo o procedimento judicial para a desocupação de um imóvel. “Há leilões que os participantes podem conhecer os objetos leiloados um dia antes, outros não. O laudo judicial é uma avaliação financeira, que vai precisar o quanto vale, mas não faz uma análise qualitativa daquele bem”, pondera Helcio.

O Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PR) esclarece que o Código de Defesa de Consumidor não prevê regras para a relação entre arrematante e leiloeiro, por não se tratar de consumo já que não envolve consumidor e fornecedor. Portanto, quem vai atrás desse tipo de oportunidade assume o risco de precisar arcar com despesas extras. “Na média, a diferença entre o preço final do bem retirado do leilão e do preço do mercado é de 40% para um imóvel e até 50% para bens móveis, como veículos, ou seja, continua sendo bastante interessante”, recomenda Kronberg.

É possível parcelar o pagamento

O leiloeiro Helcio Kronberg acrescenta que a melhor maneira de se aprofundar nessa modalidade de aquisição de bens é participando dos leilões. Além do valor ofertado no lance, o arrematante arca com a taxa cobrada pelo leiloeiro, em média 5% ou o valor estabelecido pela Justiça Federal ou varas estaduais se for um leilão judicial.

Podem participar de leilões judiciais qualquer pessoa maior de 18 anos e pessoas jurídicas, com exceção de magistrados e serventuários da Justiça, em leilões realizados por tribunais onde atuam, além do leiloeiro e sua equipe.

Parcelamento

Mesmo nos arremates envolvendo imóveis, onde é mais comum o parcelamento dos valores do lances, o número de parcelas é bem menor do que as condições trabalhadas pelo mercado. Segundo Kronberg, o arrematante normalmente deposita 20% do valor total à vista e o restante pode chegar a 36 vezes.

E mesmo parcelando, o imóvel já passa para o nome do arrematante, porque nesse tipo de aquisição o pagamento é gravado em hipoteca.