Setembro foi o mês em que as intervenções diárias do Banco Central no mercado cambial geraram o maior impacto nas reservas internacionais. Dados apresentados hoje mostram que essas compras de dólar realizadas pela autoridade monetária aumentaram as reservas em US$ 3,481 bilhões no mês passado. O valor supera o resultado de todos os outros meses desde a retomada desses leilões de compra, em 8 de maio deste ano. Antes, a maior cifra era de junho, com US$ 3,247 bilhões.

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Em setembro, foram comprados US$ 166 milhões, na média diária. Nos dois primeiros dias úteis de outubro, o impacto dessas compras nas reservas somou US$ 58 milhões. Desde a retomada dos leilões diários, o BC já retirou US$ 14,321 bilhões do mercado interbancário de câmbio.

Os bancos aumentaram expressivamente a posição vendida no mercado cambial no mês de setembro. Os dados consolidados apresentados pelo BC mostram que as instituições financeiras mantinham posição equivalente a US$ 3,276 bilhões nesse mercado. O valor é quase três vezes maior que o observado em agosto, quando somava US$ 1,139 bilhão. Setembro é o quarto mês em que o mercado mantém posição vendida nesse segmento.

Apesar do forte aumento na comparação com agosto, o valor registrado no fim do mês passado é menor que o registrado em 22 de setembro, quando foi divulgada que a posição vendida naquele dia correspondia a US$ 5,214 bilhões. No mercado financeiro, estar “vendido” no câmbio pode demonstrar a crença de queda das cotações da moeda norte-americana na comparação com o real.

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Fluxo cambial

O BC divulgou que o fluxo cambial teve saldo positivo líquido de US$ 1,365 bilhão em setembro. Em agosto, o ingresso líquido havia alcançado US$ 2,957 bilhões. Segundo o BC, a entrada dos recursos no mês passado foi gerada pela conta financeira, que apresentou superávit de US$ 4,59 bilhões (ingresso de US$ 32,186 bilhões e saída de US$ 27,597 bilhões). O resultado financeiro foi mais que suficiente para cobrir a saída líquida de US$ 3,225 bilhões do segmento comercial. Nesse caso, foram registradas importações de US$ 13,044 bilhões e exportações de US$ 9,819 bilhões.

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Apesar de positivo, o resultado do fluxo cambial de todo o mês de setembro é menor que o observado nos dois primeiros dias de outubro, quando ingressaram US$ 1,424 bilhão. No acumulado do ano até o dia 2 de outubro, o fluxo cambial registra entrada líquida de US$ 9,682 bilhões, sendo que o comércio exterior contribuiu com superávit de US$ 8,198 bilhões e o segmento financeiro respondeu por US$ 1,484 bilhão. Em igual período de 2008, o fluxo cambial registrava entrada de US$ 17,719 bilhões.