O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sinalizou, nesta sexta-feira, 4, que o programa cambial de leilões diários de swaps e de linha deve durar até dezembro. “Quando anunciamos esse programa, no dia 22 de agosto, era para vigorar pelo menos até o final do ano”, declarou Tombini, no XXIII Encontro de Lisboa de Presidentes de Bancos Centrais de Países de Língua Portuguesa. Ele relatou que o programa pode chegar a US$ 100 bilhões até o fim do ano.
“Em 22 de agosto deste ano, lançamos um programa de intervenções diárias, basicamente no mercado futuro, no mercado de swaps, onde se troca a remuneração em dólares por uma remuneração da taxa básica de juros da economia brasileira”, explicou. Tombini justificou o porquê do programa: “No mercado cambial, temos o regime de câmbio flutuante. A primeira linha de defesa contra choques internacionais é a variação da taxa de câmbio, mas também temos uma política explícita de reduzir a volatilidade e não deixar que disfunções do mercado de câmbio afetem a economia como um todo.”
Segundo Tombini, o foco da intervenção é garantir ao mercado “previsibilidade ao saber que haverá oferta para evitar variações cambiais”. Para o presidente do BC, as intervenções ajudaram a recuperar parte da desvalorização do real frente ao dólar.