O diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, afirmou hoje que o adiamento do leilão do trem de alta velocidade (TAV) para 29 de abril de 2011 ocorreu em razão de “argumentos objetivos” apresentados pelos grupos interessados em participar da licitação. Ele ressaltou que o governo tem “total confiança” de que, com o alongamento do prazo, o processo será mais competitivo. “Pelo menos quatro grupos empresariais diferentes confirmaram que vão participar do processo de licitação”, disse.

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Figueiredo explicou que esses quatro grupos não indicam necessariamente a formação de quatro consórcios, pois os executores da obra e os detentores de tecnologia poderão se unir posteriormente e, desta forma, reduzir o número de competidores.

O diretor da ANTT admitiu que a decisão do adiamento do leilão foi tomada “apesar de ter consciência de que penaliza um consórcio (coreano) que estava preparado desde o início em apresentar a proposta”. A data original de entrega das propostas estava prevista para segunda-feira, dia 29, e o leilão para 16 de dezembro.

A Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apeop) considerou “positiva e prudente” a decisão do governo de adiar o leilão do trem-bala, que interligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. “Isso irá possibilitar melhor desenvolvimento dos estudos e das parcerias necessárias”, diz nota assinada pelo presidente da entidade, Luciano Amadio. “O consórcio da Apeop voltará a se reunir já na próxima terça-feira para retomar suas ações”, acrescenta o executivo, no comunicado.

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