Com deságio médio de 1%, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) comprou hoje o equivalente a 575 milhões de litros de biodiesel de 40 empresas produtoras, durante o 16º Leilão de Biodiesel. O preço de referência foi de R$ 2,35 por litro e o preço médio ponderado foi de R$ 2,33, no primeiro leilão realizado para atender à regra da mistura B5, que determina que, no ano que vem, sejam misturados 5% de biodiesel por litro de diesel vendido nos postos brasileiros.
Segundo a ANP, das 40 empresas vencedoras, a gaúcha Granol foi a que ofereceu o maior volume de biodiesel, de 80 milhões de litros, sendo 44,1 milhões de litros da unidade produtora de Anápolis (GO) e 35,9 milhões de litros da unidade de Cachoeira do Sul (RS). Ainda segundo a agência, o leilão teve a participação de produtores de 15 Estados brasileiros.
O leilão foi realizado em auditório lotado da Confederação Nacional do Comércio e teve início às 9h30, com meia hora de atraso, estendendo-se até o final da tarde. O superintendente de abastecimento da ANP, Dirceu Morelli, disse que o B5 vai garantir que US$ 1,3 bilhão deixem de sair do Brasil em 2010, já que esse é o valor estimado do total de importações de diesel que deixarão de ser efetuadas com a entrada da nova regra em vigor.
O diretor da ANP, Allan Kardec, destacou a evolução rápida do mercado de biodiesel no País. Segundo ele, o Brasil está na dianteira do desenvolvimento do biodiesel no mundo, mas é preciso investir em tecnologia e capacitação de pessoal para que outros países não tomem a dianteira. “A preocupação é de como esse mercado vai se fortalecer, sem investimento em inteligência e conhecimento ele não subsistirá”, afirmou.
O representante do Ministério das Minas e Energia, Ricardo Gomide, disse aos participantes do leilão que “ainda é preciso consolidar o mercado interno (de biodiesel), avançar nas exportações e, para isso, é preciso mais competitividade, com mais investimento em ciência e tecnologia.