O mercado de lançamentos imobiliários na capital iniciou o ano ainda mais tímido que em 2012, quando o número de novos imóveis caiu 27,04% ante os 12 meses do ano anterior. Segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), São Paulo recebeu 660 residências no primeiro mês de 2013, 14 a menos que o verificado um ano antes – queda de 2,08%.
O número de empreendimentos verticais, que concentram oito em cada dez unidades à venda, também caiu na comparação anual, passando de oito para sete condomínios. Levando-se em conta também os conjuntos horizontais – a maior parte formada por poucas casas em áreas periféricas -, houve crescimento: de 10 lançamentos em janeiro de 2012 para 18 no início deste ano.
Em relação a dezembro e suas 4.038 unidades, a queda atinge 83,66%. Esse resultado acompanha a sazonalidade do mercado imobiliário, de crescimento de atividade no decorrer do ano. Em 2012, por exemplo, apenas 13% dos lançamentos ocorreram no primeiro trimestre. Já os meses de outubro a dezembro reuniram 40% dos novos imóveis.
Mais uma vez os imóveis de dois dormitórios foram os mais abundantes, com 38,48% da quantidade ofertada em janeiro. A surpresa do mês ficou, porém, com as unidades de até um dormitório, com 240 unidades, ou 36,36% do total. Já os imóveis de três dormitórios somaram 22,73%, e os de quatro ou mais dormitórios, 2,42%.
O metro quadrado médio dos novos imóveis em comercialização atinge R$ 7.217, menos do que os R$ 8.297 dos lançamentos de dezembro, mas acima da média de 2012, quando a unidade de área útil ficou avaliada na cidade de São Paulo em R$ 7.156. Ainda de acordo com a Embraesp, o imóvel médio paulistano lançado em janeiro custa R$ 453.922 e mede 68,89 metros quadrados.
Os valores e as metragens são mais modestos na região metropolitana, que inclui também os vizinhos da capital. O metro quadrado na área está em R$ 5.220, e o tíquete médio dos produtos, com 57,99 metros quadrados em média, não passa dos R$ 302.763.
A Grande São Paulo recebeu ao todo 1.398 unidades em janeiro, 52,79% delas fora da capital. Nessas cidades, aliás, o primeiro mês de 2013 foi de recuperação em relação ao mesmo período de 2012: os imóveis lançados passaram de 104 para 738. Parte dos lançamentos metropolitanos no ano passado foi, no entanto, adiada para fevereiro.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.