O candidato francês ao cargo de diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), o ex-comissário de comércio da União Européia Pascal Lamy, pediu o apoio do Brasil para a sua candidatura. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que recebeu um telefonema de Lamy anteontem pela manhã, mas afirmou à imprensa que o governo ainda não decidiu qual candidato vai apoiar.

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Com a eliminação do candidato brasileiro, o embaixador Luiz Felipe de Seixas Corrêa, na semana passada, permanecem na disputa, além de Lamy, o candidato do Uruguai, Carlos Pérez del Castillo, e o chanceler das Ilhas Maurício, Jaya Krishna Cuttaree.

Amorim admitiu que será uma ?escolha difícil?. Segundo ele, todas as possibilidades estão sendo consideradas, inclusive a de não apoiar nenhum candidato. Ele insinuou que poderá até rever a convicção apresentada pelo governo brasileiro de que o próximo diretor da OMC teria que representar um país em desenvolvimento.

?Não basta ter nascido em um país em desenvolvimento para ter uma atuação política em prol do desenvolvimento, e a OMC tem um déficit com relação a ações em prol de países em desenvolvimento, tanto que precisou lançar uma rodada de negociações com o nome de Rodada Doha para o Desenvolvimento?, disse Amorim.

Vitória

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Lamy afirmou a jornalistas franceses que acreditava estar na liderança na eleição para a presidência da OMC. ?Segundo todos os critérios, e especialmente segundo os critérios de diversidade Norte-Sul, estou claramente na frente? na corrida, afirmou Lamy.

O candidato francês disse ainda que tem ?outros apoios? além dos países do Norte. O francês foi o líder na primeira rodada de consultas aos países-membros da OMC.

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