economia

Kuroda, do Banco do Japão (BoJ), mantém porta aberta para mais cortes de juros

O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, sinalizou hoje que novos cortes de juros serão sua primeira ferramenta de escolha se houver necessidade de relaxamento monetário adicional.

“Falando sobre opções específicas de relaxamento adicional, a princípio, podemos considerar reduzir nossas metas para a taxa de juros de curto prazo ou para os rendimentos de longo prazo”, disse Kuroda, em discurso feito durante convenção da indústria japonesa de títulos mobiliários. A taxa de depósitos do BoJ está em -0,1% desde fevereiro. Kuroda também citou a expansão da compra de ativos como outra opção.

Kuroda continuou a se distanciar da postura anterior de ampliar a base monetária em ienes – que incluem as reservas bancárias e moedas em circulação – a um ritmo anual de 80 trilhões de ienes. O BC japonês só considerará a possibilidade de acelerar a expansão da base monetária se as condições assim exigirem, ressaltou ele.

Kuroda, no entanto, não deixou claro se novas medidas de estímulos poderão ser tomadas no curto prazo. Ele declarou apenas que o BoJ tentará manter o rendimento dos bônus do governo japonês (JGBs) nos melhores níveis para “manter o ímpeto” dos aumentos nos preços e, ao mesmo tempo, acompanhar o crescimento, a inflação e os mercados financeiros.

Na semana passada, o BoJ anunciou uma política inédita, apelidada de “controle da curva de juros”, numa nova tentativa de combater a ameaça da deflação. O objetivo é manter o juro do JGB de dez anos em torno de zero, de forma a estimular o crescimento até que a inflação ultrapasse 2%.

Segundo Kuroda, a nova estrutura da política do BoJ aperfeiçoará a sustentabilidade do relaxamento monetário e garantirá mais flexibilidade do que medidas anteriores da instituição. Fonte: Dow Jones Newswires.

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