Expansão

Klabin projeta ampliar florestas no Paraná

A Klabin está planejando expandir suas florestas, com prioridade para a unidade de Monte Alegre, em Telêmaco Borba, na região dos Campos Gerais. A expansão, anunciada ontem durante a apresentação do balanço trimestral da companhia, seria feita possivelmente a partir de 2010, por meio de parcerias com terceiros, e deve servir para fornecer matéria-prima a uma futura fábrica de celulose. O projeto, previsto para ter uma capacidade anual de 1,5 milhão de toneladas, pode ser implantado por volta de 2015.

A expansão, segundo o diretor geral da Klabin, Reinoldo Poernbacher, tem relação com perspectivas mais otimistas do mercado para 2010, tanto na economia brasileira como na internacional, com aumento na demanda por bens duráveis e não duráveis.

A intenção, afirmou o executivo, é preparar a companhia para um novo ciclo de crescimento, promovendo maior geração de caixa e reduzindo o endividamento da empresa.

A companhia não prevê, no entanto, aplicar apenas recursos próprios na expansão de florestas, que deve ser de 40 mil a 50 mil hectares. A maior parte dos recursos, conforme Poernbacher, viria de terceiros, em parcerias com a Klabin.

Em relação à nova unidade de celulose, o executivo ressaltou que a produção seria mais focada no mercado externo. “É o desenvolvimento desse mercado que vai dizer se os investimentos nessa linha serão remunerados”, ressaltou.

De acordo com Poernbacher, já é possível perceber, através dos números do terceiro trimestre de 2009 da empresa, uma melhora do desempenho principalmente na economia nacional.

Um aumento nas vendas de embalagens no caso da Klabin, destinadas a indústrias da alimentação, higiene, limpeza e cosméticos, principalmente é reflexo disso, para ele. A empresa também já vê uma retomada na Europa e nos Estados Unidos, onde tem negociado com novos grandes clientes. As conversas já estão em fase final.

Vendas

O volume de vendas da Klabin, no terceiro trimestre do ano, foi 15% superior ao apurado no segundo trimestre de 2009, e 4% maior que no mesmo período do ano passado.

A companhia fechou o terceiro trimestre com receita líquida de R$ 750 milhões, 10% superior à do segundo trimestre. Enquanto o mercado interno respondeu por R$ 594 milhões, as exportações totalizaram R$ 157 milhões. O último valor foi influenciado, segundo Poernbacher, por uma queda de 10% no dólar, no período.

Com a melhora nas vendas, a companhia conseguiu apurar um lucro líquido, entre julho e setembro, de R$ 183 milhões. Nos nove primeiros meses do ano, o resultado é positivo em R$ 518 milhões, ante prejuízo de R$ 35 milhões, entre janeiro e setembro de 2008.

No trimestre, o EBITDA (que são os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa chegou a R$ 199 milhões, com margem de 27%. No segundo trimestre do ano, a margem foi de 22%, e no mesmo trimestre de 2008, de 20%.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo