A gigante japonesa Kirin já teria acertado a venda de seus ativos no Brasil para a holandesa Heineken, segundo fontes de mercado. A expectativa é que o negócio seja anunciado nas próximas semanas. A Kirin deverá repassar à holandesa seus ativos com forte prejuízo. As negociações estão em curso desde julho do ano passado.

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Nos últimos anos, a Kirin viu sua posição se enfraquecer no mercado brasileiro e, em 2015, levou sua matriz ao primeiro prejuízo global de sua história. Hoje, a empresa tem pouco mais de 8% de mercado, segundo dados Nielsen de 2016.

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Durante anos, a Schincariol havia sido vice-líder do setor, atrás da Ambev. Agora, está em um distante quarto lugar, atrás de Ambev, Petrópolis (dona da Itaipava) e Heineken – esta última, que começou sua operação do zero no País, agora tem quase 10% do setor.

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Ao passar a operar no vermelho, a Brasil Kirin viu boa parte de suas 12 fábricas ficar ociosa. Para a Heineken, que vem ganhando participação de mercado, as unidades da Kirin seriam uma forma de garantir rápido crescimento da produção. Embora a Heineken já tenha um acordo de distribuição com a Coca-Cola no País, uma fonte de mercado informou que a estrutura comercial da Kirin estaria incluída no acordo.

Preço. Para ficar com 100% da Schincariol, a Kirin desembolsou R$ 6,2 bilhões entre 2010 e 2011. Agora, aponta o jornal japonês Nikkei, deverá receber cerca de US$ 870 milhões (ou aproximadamente R$ 2,8 bilhões) pelos ativos – uma perda de mais de 50% sobre o investimento inicial.

Procurada, a Heineken disse que não comentaria. A Brasil Kirin não se pronunciou até a noite de quinta-feira, 19. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.