O fundador da fabricante de automóveis sul-coreana Daewoo (que quebrou em 1999), Kim Woo Choong, se entregou ontem à Justiça da Coréia do Sul. Choong, 68, chegou ao aeroporto internacional Incheon de Seul vindo de Hanói (capital do Vietnã). Ele esteve foragido por seis anos e disse, ao se entregar, que está disposto a ajudar na investigação sobre uma fraude contábil que escondeu dívidas que chegam a US$ 80 bilhões (R$ 195 bilhões).

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?Apresento minhas desculpas por ter causado problemas às pessoas pelo caso do grupo Daewoo?, disse Choong em um comunicado divulgado em sua chegada. Manifestantes exigiam punição severa para Choong. A polícia precisou conter a multidão que o aguardava e impediu a aproximação dos jornalistas.

Uma porta-voz do Choong disse que ele estava doente e que era hora de pôr um ponto final no caso. O ex-executivo é acusado de ter inflado os ativos do grupo para obter um empréstimo de US$ 9,9 bilhões (R$ 24,1 bilhões) para salvar a empresa – que atuava em diversos setores além do automobilístico, como na engenharia civil e na construção naval.

A empresa tinha 150 mil funcionários no mundo tudo. Na França, a falência da Daewoo resultou no fechamento de três complexos industriais, instalados com subsídios do governo, fechando mais de mil postos de trabalhos.

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Choong ainda é acusado de criar fundos de recursos que teriam sido usados para subornar políticos e autoridades do governo. Sete ex-executivos da Daewoo foram condenados em 2001 a penas de até sete anos de prisão na Coréia do Sul, acusados de desfalques.