Kátia Abreu diz que esperava aumento do seguro agrícola

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), disse que a presidente Dilma Rousseff sempre manteve as “portas abertas” para o setor agropecuário brasileiro. Segundo a senadora, praticamente todas as solicitações da CNA foram acatadas pelo governo federal na elaboração do Plano Safra 2014/2015 – a peemedebista, no entanto, disse que esperava um aumento do valor do seguro agrícola e cobrou um novo arranjo institucional para o registro de agroquímicos durante discurso em cerimônia no Palácio do Planalto.

“Agradecemos a confiança da presidente Dilma, que sempre manteve as portas abertas para ouvir as demandas do setor. Desde o primeiro despacho que tive a oportunidade de ter com a presidente Dilma, desde o primeiro instante, a sensibilização, a empatia da presidente com o setor tem nos entusiasmado e nos deixado muito otimistas”, afirmou a senadora, que já foi cotada para assumir o Ministério da Agricultura. Segundo a presidente da CNA, o Ministério do Meio Ambiente também abriu as portas para o setor durante o governo Dilma.

Questionada pela reportagem se a CNA está em “lua de mel” com o Planalto, a senadora respondeu: “Não fizemos discurso do governo Dilma, fizemos discurso dos planos agrícolas consecutivos do governo Dilma, nos ativemos à nossa área, que não temos o que reclamar. Nesses últimos três planos (agropecuários), limpamos uma pauta de mais de 20 anos, como o Código Florestal, abertura dos portos e conseguimos grandes avanços, como as concessões.”

Apesar dos elogios, a senadora disse que esperava do governo um aumento do valor do seguro agrícola. “Quando (Dilma) entrou (na Presidência), o primeiro valor era R$ 280 milhões, depois passou para R$ 400 milhões, depois R$ 700 milhões; esperávamos um pouco mais de recursos (neste plano)”, afirmou, destacando que o seguro protege o produtor de problemas de clima, intempéries e quedas bruscas de preço.

A presidente da CNA também defendeu mudanças na demarcação de terras indígenas. “O decreto que rege e estabelece questões indígenas é de 1996, tem quase 20 anos, é possível fazer modificação para que todos possam participar democraticamente dessa questão para que possamos não terminar nem um capítulo da história brasileira co animosidade entre brasileiros e brasileiras”, afirmou.

O Palácio do Planalto é contrário à proposta de emenda constitucional (PEC) que submete ao Congresso Nacional a demarcação de terras indígenas.

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