O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou nesta sexta-feira que o debate sobre o orçamento da União vai ter que avançar, por meio do diálogo com o Congresso. Reclamou, porém, da interferência da Justiça no andamento do trabalho da sua equipe.
“Tenho envelhecido pelo menos dois ou três anos por causa de ordens judiciais. Tem que acontecer um bom diálogo com a Justiça. Porque isso tem inviabilizado, em alguns momentos, um planejamento da política pública”, afirmou, no seminário ‘Pacto Federativo’, na Fundação Getulio Vargas (FGV).
Em sua palestra, disse ainda que a economia brasileira não é comparável com as do Japão e Alemanha. “Apesar de a gente ter uma carga tributária alta, a sociedade não enxerga o que legitimamente demanda”, argumentou.
Em sua opinião, a aprovação da reforma da Previdência, que deve liberar parte do orçamento para novos gastos, não será suficiente para, já em 2020, reverter a capacidade de investimento da União.