A dona da Gradual Investimentos, Fernanda Lima, foi solta neste domingo, 29, um dia após a determinação de sua soltura pelo juiz João Batista Gonçalves, da 6ª Vara Criminal de São Paulo Especializada em Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e Lavagem de Valores. Ela é alvo das Operações Papel Fantasma e Encilhamento, que miram fraudes em fundos de pensão municipais.

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Neste domingo, o juiz federal de plantão Silvio Luís Ferreira da Rocha determinou a soltura novamente por entender que a detenção configurava um abuso de autoridade. No despacho, o magistrado esclarece ainda que “não há mandados de prisão em aberto em desfavor da investigada” após consulta ao Banco Nacional de Mandados de prisão do Conselho Nacional de Justiça.

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“Foi necessária uma intervenção de emergência para liberar a economista que estava detida por questões meramente burocráticas e que configuravam abuso de autoridade”, declarou Euro Filho, um dos advogados da dona da Gradual.

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Fernanda havia sido presa no dia 12 na Operação Encilhamento, segunda fase da Papel Fantasma da Polícia Federal em São Paulo, que apura fraudes envolvendo a aplicação de recursos de Institutos de Previdência Municipais em fundos de investimento.

A PF suspeita que os fundos têm debêntures sem lastro (título de dívida que gera um direito de crédito ao investidor) que ultrapassam R$ 1,3 bilhão.

Segundo relatório da investigação, uma das empresas “sem lastro”, a ITS, é ligada à Gradual e a seus diretores, entre eles, Fernanda Lima. A PF trata a ITS como uma “empresa de fachada” integrante de suposto esquema.