economia

Justiça determina que Petrobras ouça sindicato antes de religar a Replan

O Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo (Sindipetro-SP) conseguiu garantir na Justiça que a Petrobras responda a questionamentos da entidade antes de retomar a operação da Refinaria de Paulínia (Replan). A decisão partiu da juíza Veranicia Aparecida Ferreira, da 2ª Vara do Trabalho de Paulínia (SP). Com essa decisão, fica definido que, para reiniciar as máquinas, a estatal terá que se posicionar também frente aos trabalhadores. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) já havia condicionado a retomada da refinaria à apresentação de documentos que atestem a segurança da operação. Enquanto isso, a Replan permanece interditada.

A Justiça do Trabalho de Paulínia deu prazo de 48 horas para a Petrobras responder aos sindicalistas. Assim, dificilmente a empresa conseguirá religar as máquinas antes da próxima quarta-feira. Diretor do sindicato de Campinas, Gustavo Marsaioli afirmou que os empregados exigem que a empresa apresente um novo plano de trabalho para cada um dos equipamentos da refinaria. “Os procedimentos têm que ser revisados. É preciso recalcular os volumes de operação de cada unidade”, afirmou o sindicalista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. O Sindipetro-SP pede também que, antes de reiniciar a operação, a Petrobras isole totalmente – e não parcialmente, como vinha propondo, segundo o sindicato – as unidades envolvidas na explosão.

A Replan está parada desde a madrugada da última segunda-feira, 20, quando uma explosão seguida de incêndio atingiu três unidades produtivas. Não houve feridos e as causas do acidente ainda estão sendo investigadas. O incêndio começou com a explosão de um tanque que faz parte da unidade de tratamento de água ácida. O fogo, então, se espalhou por outras duas unidades – de craqueamento catalítico e destilação atmosférica. O fogo atingiu também parte da tubulação principal, que interliga diferentes unidades da refinaria.

Inicialmente, o plano da direção da empresa era reiniciar parte da produção na Replan na última sexta-feira, 24. Mas teve que voltar atrás após a interdição da ANP.

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