As taxas de juros negociadas no mercado futuro oscilam próximas da estabilidade nos negócios desta manhã, com investidores assimilando o resultado do IPCA-15 de dezembro, prévia do IPCA fechado do mês, principal índice de inflação levado em conta pelo Banco Central na condução da política monetária. O índice apontou alta de 1,05% em dezembro, após ter avançado 0,14% em novembro.

continua após a publicidade

O dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) veio perto do teto das estimativas captadas pelo Projeções Broadcast, que iam de 0,65% a 1,08%. Com o resultado, o índice acumulou aumento de 3,91% no ano de 2019.

O dado próximo ao teto das estimativas confirma a cautela sugerida nesta semana pela ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e pelo Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do último período do ano. No entanto, o resultado não chega a interferir na curva de juros, que já vinha se ajustando ao longo da semana a um cenário de prudência ante os sinais de aquecimento econômico e risco de maior pressão inflacionária.

Às 9h57, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2021 tinha taxa de 4,66%, a mesma do ajuste de ontem. A taxa de janeiro de 2023 projetava 6,06%, também igual à taxa anterior. Na ponta longa da curva a termo, o vencimento de janeiro de 2025 tinha taxa de 6,71%, de 6,72%.

continua após a publicidade

Na sessão de quinta-feira, houve alta de juros depois que o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou criação de vagas acima das expectativas em novembro, com mais de 99 mil novos postos formais de trabalho. Hoje, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de dezembro, que subiu 2,7 pontos ante novembro, na série com ajuste sazonal. A alta do índice ocorre após duas quedas consecutivas nos últimos levantamentos.