As taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras para uso do cheque especial e operações de empréstimo pessoal ficaram estáveis em julho na comparação com junho, segundo pesquisa da Fundação Procon-SP feita com dez bancos nos dias 4 e 5 deste mês. No caso do cheque especial, a taxa média mensal cobrada pelos bancos passou de 8,27% para 8,29% no período.
Dos dez bancos pesquisados, três promoveram aumento nos juros de junho para julho e nenhum baixou a taxa. O HSBC elevou os juros do cheque especial de 8,37% para 8,47% ao mês. Banespa e Santander alteraram de 8,35% para 8,40% ao mês.
Já o juro médio mensal do empréstimo pessoal passou de 5,42% para 5,43%. Duas instituições elevaram as taxas no período e uma baixou. Foram verificados aumentos no Itaú (de 5,85% para 5,95% ao mês) e no Bradesco (de 5,83% para 5,87% ao mês). O HSBC reduziu a taxa de 5,16% para 5,12% ao mês.
Na avaliação dos técnicos do Procon, a manutenção dos juros básicos (Selic) em junho já pode ter repercutido no comportamento das taxas cobradas pela maioria dos bancos.
Na reunião do mês passado, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central interrompeu um ciclo de nove altas do juros ao manter a taxa básica (Selic) em 19,75% ao ano.
O Procon avalia, entretanto, que a manutenção das taxas não deve encorajar o consumidor. ?Ao contrário, os juros continuam altos e qualquer contratação de crédito deve ser analisada com cautela?, divulgou.
Como as taxas de empréstimo variam de acordo com o prazo, a pesquisa do Procon-SP coleta dados das operações realizadas em 12 meses. Para o cheque especial foi considerado o prazo de 30 dias. Os dados são de taxas máximas para clientes não preferenciais.
Fizeram parte da pesquisa o HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, Nossa Caixa, Real e Unibanco.