O governo pretende reduzir a taxa de juro das operações contratadas com recursos da poupança rural a taxas de juros livres (entre 15% e 21% ao ano). As demais operações estão contratadas com taxas de 8,75% ao ano e já contam com prazo de até cinco anos para o pagamento. As informações constam de documento apresentado nesta terça-feira (11) pelo secretário de políticas econômicas do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, a parlamentares da bancada ruralista e representantes dos produtores e cooperativas. O deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) lembrou, no entanto, que o governo não sinalizou com o porcentual de corte nos juros.
De acordo com o Ministério da Fazenda, as operações de crédito de investimento efetuadas nos últimos anos (até 30/06/2006) que ainda estão ativas apresentam saldo devedor de R$ 17,36 bilhões em 349.176 contratos. Desse total, 61.673 operações estão inadimplentes, sendo que o saldo devedor vencido era de R$ 1,58 bilhão. No caso das dívidas de custeio prorrogado das últimas safras (2003/04, 2004/05 e 2005/06), a proposta do governo é facilitar a recuperação da situação de adimplência. As operações prorrogadas somam R$ 10,5 bilhões, com vencimento distribuído entre 2008 e 2012. No total, são 215.696 contratos. O saldo devedor vencido é de R$ 637,3 milhões, com 20,337 contratos inadimplentes.