As taxas de juros das operações de crédito para pessoas físicas e jurídicas subiram em abril pelo sétimo mês consecutivo e renovaram os maiores patamares desde de 2011, segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
No caso das pessoas físicas, novamente houve aumento nos juros em todas as seis linhas pesquisadas (juros do comércio; cartão de crédito rotativo; cheque especial; CDC-bancos-financiamento de veículos; empréstimo pessoal-bancos; e empréstimo pessoal-financeiras). O juro médio subiu 0,06 ponto porcentual em abril ante março, para 6,77% ao mês (119,48% ao ano), o maior nível desde julho de 2011.
Entre as pessoas jurídicas, houve alta nas três linhas (capital de giro; desconto de duplicatas; e conta garantida). O juro médio avançou 0,08 pp no mês passado ante o anterior, para 3,97% ao mês (59,55% ao ano), o patamar mais alto desde novembro de 2011.
Segundo a Anefac, as altas podem ser atribuídas a três fatores: cenário macroeconômico que aumenta o risco de elevação da inadimplência; aumento da Selic; e expectativa de mais aperto monetário em função da inflação alta. “Tendo em vista o cenário econômico atual que aumenta o risco de elevação dos índices de inadimplência, bem como as prováveis novas elevações da taxa básica de juros frente a uma inflação mais elevada, a tendência é de que as taxas de juros das operações de crédito voltem a ser elevadas nos próximos meses”, diz a associação em relatório.
A Anefac aponta que, considerando todas as elevações da Selic promovidas pelo Banco Central desde março de 2013, houve uma elevação de 6,00 pp (ou alta de 82,76% na taxa básica de juros), para o nível atual de 13,25%. No mesmo período, a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma elevação de 31,51 pp (+35,82%). Já na pessoa jurídica houve uma elevação de 15,97 pp (+36,65%).