A taxa média de juros cobrada do consumidor voltou a subir em abril. Foi o segundo aumento consecutivo, após a queda registrada em fevereiro. Para a pessoa física, o juro mensal subiu de 7,65% em março para 7,68% em abril, segundo pesquisa divulgada ontem pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças). Com isso, a taxa anualizada média passou de 142,20% para 143,01%.
De acordo com a pesquisa, duas linhas de crédito -cartão de crédito e cheque especial – para a pessoa física tiveram redução em suas taxas. No entanto, outras quatro linhas – crediário, CDC bancário, empréstimo bancário e empréstimo de financeiras – apresentaram elevações. A elevação dessas linhas puxou para cima a taxa média de juros para a pessoa física em abril.
O maior aumento foi registrado nas linhas de CDC, onde a taxa média mensal de juros passou de 3,50% em março para 3,56% em abril, um aumento de 1,71%.
A segunda maior elevação, de 1,52%, foi verificada no empréstimo pessoal bancário, onde a taxa média de juros subiu de 5,92% (março) para 6,01% ao mês (abril).
No lado contrário, a maior queda foi registrada nas taxas médias de juros do cheque especial, que passaram de 8,41% ao mês em março para 8,33% ao mês em abril, um recuo de 0,95%.
Também houve queda na taxa média mensal de juros do cartão de crédito, que caíram de 10,06% em março para 10,05% em abril, uma diminuição de 0,10%.
Segundo a pesquisa da Anefac, as taxas de juros de abril do cheque especial e do cartão de crédito foram as menores desde janeiro de 1995, quando a pesquisa começou a ser feita.
Mesmo assim, as taxas dessas duas linhas estão entre as maiores do mercado, perdendo apenas para os juros do empréstimo das financeiras, que passou de 11,95% em março para 12,05% em abril, um aumento de 0,84%.