economia

Juros abrem em queda leve após Previdência; varejo confirma fraqueza do PIB

Os juros futuros recuaram na abertura da sessão desta quinta-feira, 11, voltando a se aproximar das mínimas intraday da quarta-feira, quando muitos agentes colocavam nos preços suas apostas sobre a votação do texto-base da reforma da Previdência. Pouco depois, as taxas marcavam máximas ainda que mantivessem o viés de baixa, com exceção do DI para janeiro de 2021 que passou a oscilar perto do último ajuste com viés de alta. O movimento é restrito. Os dados do varejo divulgados pelo IBGE confirmaram a fraqueza da atividade econômica, mas não chegam a mudar as apostas para o corte da Selic na reunião do Copom em julho. O varejo restrito teve retração de 0,1% em maio ante abril, sendo que a mediana era positiva em 0,20%. Às 9h17, o DI para janeiro de 2021 marcava 5,58% ante 5,59% na máxima intraday e 5,58% no ajuste de quarta. O DI para janeiro de 2025 exibia 6,83% ante 6,86% no ajuste de quarta. O dólar em queda ante o real contribui para o ajuste para baixo nas taxas

Na comparação com maio de 2018, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 1% em maio de 2019. Nesse confronto, as projeções iam de queda de 1,50% a alta de 2,80%, com mediana positiva de 1,30%. As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 0,7% no ano. Em 12 meses, houve avanço de 1,3%. No varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, subiram 0,2% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal. O resultado veio aquém da mediana (0,4%) do intervalo das estimativas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast. O intervalo ia de uma queda de 0,30% a uma alta de 1,90%. Na comparação com maio de 2018, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 6,4% em maio de 2019. Nesse confronto, as projeções eram de avanço de 2,5% a 9,2%, com mediana positiva de 6,3%, portanto, também o dado veio abaixo da mediana.

Na agenda internacional, os destaques são as leituras do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de junho e do resultado fiscal dos Estados Unidos. Ainda que não seja o principal indicador de inflação monitorado pelo Federal Reserve, o resultado do CPI nesta quinta será observado pelos agentes globais. É mais um elemento de formação do cenário dos Estados Unidos num momento em que o presidente do banco central americano, Jerome Powell, adotou um discurso com sinalizações “dovish”, como noticiado na quarta. Powell será sabatinado às 11h no Comitê Bancário do Senado.

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