Os juros futuros abriram com viés de alta num movimento de ajuste das taxas, a despeito do ambiente doméstico positivo para os ativos financeiros. A avaliação é da gestora de renda fixa da Mongeral Aegon Investimentos, Patrícia Pereira. “Não acredito que antes de tantos eventos importantes como tem hoje alguém se atenha a um ‘driver’ fixo que justifique a alta das taxas”, disse Patrícia, citando o leilão de cessão onerosa, que sugere fluxo estrangeiro positivo para o Brasil e valorização do real, e a fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em comissão na Câmara dos Deputados.

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Cerca de uma hora depois da abertura do mercado futuro de juros as taxas, como previsível, inverteram o sentido e passaram a exibir viés de baixa.

O movimento coincidiu com a fala do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, que não trouxe novidades até o horário abaixo, segundo agentes do mercado financeiro.

Às 10h30, O DI para janeiro de 2021 estava em 4,46% ante 4,51% na máxima intraday e 4,48% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2027 exibia 6,33% ante 6,39% na máxima intraday e 6,34% no ajuste de ontem.

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A gestora da Mongeral Aegon observou que o pacote de medidas apresentado ontem pela equipe econômica também compõe o ambiente doméstico favorável.

Ela classificou as propostas como “fiscalmente positivas”. Como é ambicioso, o plano pode até não conseguir a aprovação no Congresso, diz Patrícia. “Mas qualquer medida que consiga ser aprovada será pró fiscal”, disse a gestora.

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Às 9h33, O DI para janeiro de 2021 estava em 4,50% ante 4,48% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2027 marcava mínima a 6,36% ante 6,39% na máxima intraday e 6,34% no ajuste de ontem.