A turbulência no mercado financeiro global em agosto, causada pela crise no mercado de hipotecas nos Estados Unidos, não impediu uma redução, ainda que pequena, das taxas de juros nas operações de empréstimos naquele mês ante julho. A taxa média cobrada nas linhas para pessoas físicas recuou 0,41%, de 7,28% para 7,25% ao mês, segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
Das seis linhas de crédito de pessoas físicas pesquisadas, apenas o cartão de crédito não teve as taxas reduzidas. O juro cobrado sobre saldos devedores de associados que utilizam o sistema rotativo manteve-se em 10,27% ao mês – o encargo é a segundo mais alto entre os produtos de crédito, ficando atrás apenas dos juros de empréstimos concedidos por financeiras, que são de 11,27% em média. O Crédito Direto ao Consumidor (CDC) em bancos teve a maior queda no mês (-1,31%), de 3,05% para 3,01% (ver tabela).
Embora seja a menor da série histórica da entidade, a taxa média da pessoa física ainda é alta, alerta Oliveira. Em termos anuais é de 131,62%, enquanto a taxa básica (Selic) está em 11,25% ao ano. Desde setembro de 2005, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou o corte dos juros, a taxa média de pessoa física recuou 6,73% e a Selic, 41,77%. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
