O mercado externo continua guiando o rumo dos negócios por aqui. E, hoje, o ambiente geral é de alívio. A alta das bolsas européias e dos índices futuros das bolsas norte-americanas garante uma abertura mais tranqüila aos mercados locais, mas sem euforia.
O que está alimentando a melhora, segundo operadores, é o crescimento da expectativa de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano), na reunião da semana que vem, seja mais ousado do que o esperado – a curva de juros dos títulos do Tesouro americano precifica um corte de 0,25 ponto no juro básico norte-americano. Esse rumor não garante, evidentemente, o fim da ansiedade que tem movido os negócios e, por isso, ainda existe uma dose de cautela entre os investidores. Assim, os juros futuros, mesmo em queda nos contratos de DI (depósitos interfinanceiros) negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), ainda não devolveram toda a alta acrescentada aos contratos ontem.
Às 10h20, o DI com vencimento em janeiro de 2009 projetava taxa de 11,63% ao ano (11,65% ontem, no fechamento). O DI de janeiro de 2010 está em 11,94% ao ano, estável em relação a ontem.
Hoje, os dois principais eventos, que devem mexer diretamente com o humor dos mercados, são o pronunciamento do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, às 12 horas, em Berlim, e a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), em Viena. Também merecerá atenção o depoimento do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet ao Parlamento Europeu, às 11 horas.
Por aqui, a agenda é fraca em eventos econômicos. O único indicador previsto para hoje era o IPC-S regional, que confirmou aceleração da inflação na cidade de São Paulo. A taxa subiu 0 64% até 7 de setembro, ante aumento de 0,54% no IPC-S anterior, de até 31 de agosto.
