Juro futuro sobe no longo prazo com cautela no exterior

O ambiente cauteloso no exterior, que já reflete a expectativa pela reunião do banco central americano (Fed) de amanhã, influencia a abertura dos negócios no mercado de juros esta manhã na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Os contratos de depósitos interfinanceiros (DIs) com vencimentos a partir de janeiro de 2010, que acompanham de perto as oscilações no mercado internacional, iniciaram o pregão eletrônico GTS em ligeira alta. A expectativa de operadores é que o volume de negócios continue bastante restrito, confirmando a falta de disposição dos investidores em assumir posições antes que seja conhecida a decisão do Fed sobre o rumo dos juros básicos nos EUA.

Um corte na taxa de juros básica norte-americana amanhã é dado como certo – e se não vier, a reação negativa do mercado será muito negativa. Mas existe uma divisão entre as instituições financeiras em relação a qual será a magnitude do corte: 0,25 ou 0,50 ponto porcentual.

Já os contratos futuros de juros de curto prazo, com vencimento até janeiro de 2009, operam praticamente de lado na BM&F, e chegaram a arriscar uma ligeira queda no início do pregão eletrônico. Isso, segundo operadores, porque esses contratos já precificam a idéia de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve reduzir, no máximo, mais uma vez a Selic em 0,25 ponto porcentual em outubro e, a partir de então, o ciclo de alívio monetário será interrompido.

Hoje, a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central confirmou esse cenário. Houve uma nova rodada de correções, para cima, nas projeções de vários índices de inflação para 2007. Mas as projeções para 2008, que agora passam a ser o foco do Copom, segundo a própria ata do Copom, permaneceram inalteradas.

No campo inflação, foram divulgados hoje dois indicadores: o IGP-10 de setembro, que subiu para 1,47% (acima do teto esperado), ante +0,64% em agosto; e o IPC-S de até 15/09, com alta de 0,32% (no piso das previsões), ante 0,49% no anterior.

Na BM&F, o contrato futuro de DI com vencimento em janeiro de 2009 projetava taxa de 11,52% ao ano às 10h26 (pregão viva-voz), estável em relação a sexta-feira. A taxa de DI de janeiro de 2010 avançava para 11,73% ao ano, de 11,69% no pregão anterior.

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