A produção industrial de maio foi mais vigorosa do que o esperado, enquanto a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) registrou inflação mais salgada por meio do Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Essa combinação de fatores está pressionando as taxas de juros na abertura na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) – que promete ter pouco volume de negócios, por causa do feriado nos Estados Unidos.
A produção industrial de maio mostrou crescimento de 1,3% na margem, superando as estimativas. Em relação a igual período de 2006, o crescimento foi de 4,9%, exatamente dentro do previsto. A boa notícia é que a produção de bens de capital mostrou forte desempenho, o que indica que a indústria continua ampliando sua capacidade produtiva, o que reduz o risco de gargalos. Bens de capital mostraram avanço de 5,1% na margem e de 19,4% frente a igual período de 2006.
Ainda assim, o avanço da produção industrial medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi considerada forte o bastante para justificar um movimento comprador, principalmente nos contratos de maior liquidez – com vencimentos em janeiro de 2009 e janeiro de 2010, que tinham, às 10h20, respectivamente, taxas de 10,7% ao ano (10,63% ontem) e 10,7% (10,63% no dia anterior).
O IPC da Fipe referente a junho somou-se à lista dos indicadores que vêm mostrando elevação mais forte dos preços e gerado algum desconforto no mercado de juros. O IPC subiu 0,55% no mês passado em relação a +0,36% em maio. O indicador ficou acima das projeções.